domingo, 21 de agosto de 2011

Domingo

Dia cinza, frio, chuvoso, sonolento,
Típico domingo, 
Conversas que não se desenvolvem, 
Tão logo são abortadas espontaneamente.

Janela embaçada escondendo nossa própria solidão,
Escorrendo como o tempo.

Nosso tédio interior e falta de vontade de mudar,
A falta de ter uma opção para telefonar 
E com ele dividir um vinho ou um capuchino. 

Nosso e, ao mesmo tempo, apenas meu.

As pessoas bem vestidas passeando sob o forte vento
Tentando esconder atrás de tanta roupa e maquiagem
O seu eu devastado e sonolento.

Vão ao shopping preencher-se com futilidades,
Ou assumem sua condição e
Dormem ignorando a existência
Assumindo suas fraquezas.

Dividimos as mesmas concepções,
Mas não mais o mesmo recinto.

A umidade diluindo a essência; 
Deixando-nos aguados... 
Nada inesperado.
Mais um dia sem novidades, 

mais um dia almoçando as três da tarde.

Cair da noite

E então
A depressão instantânea
Véspera de segunda-feira,
Onde a solidão torna mais reclusa,
Escondida dentro de cada ser,
Que diz bom dia.

4 comentários:

Vinícius disse...

Um bom poema pra encarar um dia dentro de casa!

Anciã disse...

Muito obrigada, é... Podemos nos referir não só aos domingos, mas a qualquer dia silencioso dentro de casa.
Abraço

Juliana Maria. disse...

Ai Talita, vou me deprimir ainda mais!

Saudade

Beijo

Anciã disse...

Ai Juh... Desculpas não era essa a intenção... =/ hehehe