Dia cinza, frio, chuvoso, sonolento,
Típico domingo,
Conversas que não se desenvolvem,
Tão logo são abortadas espontaneamente.
Janela embaçada escondendo nossa própria solidão,
Escorrendo como o tempo.
Nosso tédio interior e falta de vontade de mudar,
A falta de ter uma opção para telefonar
E com ele dividir um vinho ou um capuchino.
Nosso e, ao mesmo tempo, apenas meu.
As pessoas bem vestidas passeando sob o forte vento
Tentando esconder atrás de tanta roupa e maquiagem
O seu eu devastado e sonolento.
Vão ao shopping preencher-se com futilidades,
Ou assumem sua condição e
Dormem ignorando a existência
Assumindo suas fraquezas.
Dividimos as mesmas concepções,
Mas não mais o mesmo recinto.
A umidade diluindo a essência;
Deixando-nos aguados...
Nada inesperado.
Mais um dia sem novidades,
mais um dia almoçando as três da tarde.
Mais um dia sem novidades,
mais um dia almoçando as três da tarde.
Cair da noite
E então
A depressão instantânea
A depressão instantânea
Véspera de segunda-feira,
Onde a solidão torna mais reclusa,
Escondida dentro de cada ser,
Que diz bom dia.
Onde a solidão torna mais reclusa,
Escondida dentro de cada ser,
Que diz bom dia.
4 comentários:
Um bom poema pra encarar um dia dentro de casa!
Muito obrigada, é... Podemos nos referir não só aos domingos, mas a qualquer dia silencioso dentro de casa.
Abraço
Ai Talita, vou me deprimir ainda mais!
Saudade
Beijo
Ai Juh... Desculpas não era essa a intenção... =/ hehehe
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