Com ela artigos de primeira necessidade,
Nela instrumentos de minha insanidade
Que a cada dia desaparecem.
Mais um dia,
Mais um esquecimento,
Mais um tomento.
O peso aumenta.
Retiro coisas dela por perder,
Retiro coisas dela por querer,
Retiro coisas dela para devolver.
O vazio é maior que o material,
Contrariando a lógica,
É ele que faz pesar.
O peso se soma aos pesares,
Cada dia minha coluna se inclina
um pouco mais.
Já não levo mais preservativos,
garrafas de vodka ou vinho,
livros de histórias.
Levo o que levarei para a vida.
Com o tempo levarei de forma imaterial,
Mas enquanto isso
colocam-se mais e mais coisas...
Minha coluna é pressionada,
Meu cérebro não resiste.
Logo será o contrário?
Nunca se sabe...
Um comentário:
Que coisa interessante...
Acho que me sinto quase assim.
beijos
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