segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Falsidade Ideológica

Talvez, para a maioria das pessoas, a sinceridade é querer demais. Alguns culpam a religião, outros os costumes, às vezes as regras de boa convivência, muitos nem sabem o que sentem. A verdade nua e crua pode ser dita, não necessariamente com essa discrição de um bife congelado, mas temperada com um pouco de humor, jeito e bom senso. Em alguns casos um bife congelado pode ser bem apetitoso também, entretanto, isso é só parte da minha personalidade peculiar. Uma explicação detalhada ou um pouco de filosofia ou racionalidade podem resolver problemas com o sistema nervoso simpático que nada tem haver com simpatia de fato.

O maior problema é quando a falsidade vem de dentro e engana-se a si mesmo, encarna-se o personagem, vive-se em uma realidade paralela mais cômoda, porem cedo ou tarde a verdade insiste em bater a porta com um balde vermelho contendo lágrimas, as vezes para ser divido entre você e o ator coadjuvante da peça, as vezes somente para ele. Parece-me que se valoriza mais as palavras que o sentimento de ser amado, quando a verdade surge, ela se espalha pelo ar como um esporófito, não necessitando ser afirmada veementemente como falsos discursos eleitorais. O silêncio sempre foi meu bem mais sincero. Meu jeito rude afasta os fracos presos em seus dogmas e mantêm os poucos fortes e sinceros os quais realmente me importam.

Fim de ano! Vamos às compras, um bom disfarce na falta de um abraço simples e sincero.

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