terça-feira, 15 de novembro de 2011

Restaura-se

“O que procura você naquilo que já conheces?” – perguntou-lhe

“Procuro aquilo que já conheço porem que havia esquecido, cansei de procurar em corpos, copos, ambos sempre vazios, em calçadas na frente dos bares lotados... At last He used to like me... Não tem como procurar algo profundo na vazão de todas essas relações, não há como encontrar nada, estou eu e somente eu, eles estão acompanhados, eu estou na companhia das minhas próprias ilusões no canto a observar, porem sem me comover.”

“Disfarças bem neste canto” – interviu.

“Gostaria de ter o que disfarçar;
sou meu próprio disfarce,
sou minha própria marginalidade,
sou o reflexo de toda austeridade.”
– declamou para sua dose de bourbon.

“Sou a sobra que ofusca
seu próprio brilho,
sou todos os desatino,
Sou a torcida por todos,
Os quais torcem pelo meu fim.”

“Sou aquilo que acabará
por confiar naquilo que,
por ela, deixou de ser,
Cairá em sua própria armadilha
Com o sentimento de Déjà Vu "

“Compreendo... Mas e aquele seu problema de ansiedade, resolveu?” 
– Mais uma vez lhe interrompeu.

“Minha ansiedade ainda existe
Antes esperava pelo melhor
Agora ela continua
Mas não vejo muito além.”

“A gente costumava ser amigo, porque você sumiu?”

“Eu não sumi, você que nunca mais apareceu....”
–Respondeu, pela primeira vez sem interromper lhe.
“...Nem para si mesmo...” – Concluiu baixinho.

2 comentários:

Anônimo disse...

Gostei bastante, boa escrita, hein? Parabéns.

Anciã disse...

Muito obrigada ^^' Andei olhando teus textos consegui ver um pouco de mim também.
Beijos =)