quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Seguia

Seguia ela o caminho,
Já não sabia mais para onde ia,
Não mais lhe conhecia
Seguia só,
Seguia com um alguém,
Seguia com outro

Ninguém entendia
O que ela fazia
O que ela queria
Nem ela mesma

Seguia por ruas vazias
Seguia por estradas de chão
Seguia por vilarejos
Ouvia sons, mas não os compreendia
Ouvia passos, mas estava sozinha
Amava seu delírio
Não era correspondido

Delirava então que amava
Quem?
Ela não sabia
Sentia-se então culpada

2 comentários:

gui disse...

às vezes a gente segue numa esperança involuntária de esbarrar em alguma coisa que nos faça parar.

Anciã disse...

Exatamente...